EXPRESSIONISMO - A
BELA ARTE DO SENTIMENTO
De 1905 a 1930.
A partir de 1905, o expressionismo
desenvolveu-se quase simultaneamente em países diversos. O alemão, em especial,
caracterizado por cores intensas e simbólicas e imagens exageradas, tendia a
abordar os aspectos mais sombrios e sinistros da alma humana. Começaremos pela
Die Brücke – A ponte.
Ponte
Augustus, Dresden, 1904
|
"De onde nós queríamos nos afastar, nos era claro;
aonde nós iríamos chegar, estava porém pouco definido."
Os fauvistas, mesmo em seus
momentos mais desenfreados, conservavam um sentido de harmonia e projeto, mas a
Brücke abandonou tal freio. Seus integrantes usavam imagens da cidade moderna
para comunicar com figuras e tons distorcidos a ideia de um mundo hostil e
alienante. Karl Schmidt-Rottluft, um dos fundadores do grupo Die Brücke,
definiu certa vez as intenções da associação de jovens artistas surgida em
Dresden no início do século passado.
Uma ponte para o futuro. Era nessa
premissa que seus membros acreditavam para desenvolver sua arte.
Max Pechstein,1909
(Schmidt-Rottluff
Heckel, Kirchner, Pechstein) Xilogravura |
Membros:
•
Ernst-Ludwig Kirchner,
•
Karl Schmidt-Rottluff,
•
Fritz Bleyl
•
Erich Heckel
•
Em 1906, ingressaram nele Emil Nolde e o suíço
Cuno Amiet; depois, no mesmo ano, Max Pechstein e o finlandês Axel Gallén. O
último a tomar parte foi Otto Müller, em 1910, um pouco antes do grupo mudar
suas instalações para Berlim.
A gênese do ato artístico:
•
Pintura operária;
•
A imagem não é imaginada ou criada, ela não é,
ela se faz;
•
Crítica social e da angústia da condição humana,
sendo atormentados por obsessões políticas, religiosas e sexuais.
•
É a primeira poética do feio.
•
Quadros intensos, angustiantes, com formas distorcidas
e cores estridentes.
•
Revivescência das artes gráficas, principalmente
da Xilogravura.
“Aquele que apresenta suas convicções íntimas como deve e o
faz com espontaneidade e sinceridade é um de nós.”
Kirchner
ARAÚJO, Rafael de Paula Aguiar. O horror à guerra: uma análise a partir de Käthe Kollwitz e Goya. Revista Ponto-e-vírgula, 6: 64-77, 2009. Disponível em http://revistas.pucsp.br/index.php/pontoevirgula/article/viewFile/14022/10335
A principal característica da pintura expressionista foi a deformação da realidade sob a óptica dos sentimentos. Já não se procurava imitar o modelo da natureza ou o objeto real. Havia uma realidade ainda mais importante: a da visão subjetiva do artista.Para o grupo Der Brücke (A Ponte), os temas centrais eram as paisagens de policromia exacerbada e o corpo humano sintetizado em poucas linhas.
O que mais se destacaram em suas obras foram a agressividade da cor e a falta de tranqüilidade das formas. Sua preocupação era reformular os temas impressionistas.
Com o expressionismo, conceitos como deformação da realidade, expressividade da cor e abstração das formas passaram a ser os novos princípios da arte. Os princípios plásticos enunciados pelo expressionismo marcarão a estética de todas as disciplinas artísticas que vão surgir mais adiante, no século XX.
(Enciclopédia Multimídia da Arte Universal, Alphabetum edições multimídia)
Um exemplo de expressionismo neste momento é a exímia gravurista é Kathe Kollwitz, que se concentrava em temas pacíficos e sofrimentos dos pobres no pós-guerra.
KÄTHE KOLLWITZ
Na xilogravura As mães (1922-1923), Kollwitz recupera a imagem feminina para mostrar as consequências da guerra na vida cotidiana dos homens.
Käthe Kollwitz. As mães Xilogravuga, 44,2 x 54,2 cm, 1922-1923 |
A técnica escolhida permite uma robustez ao grupo de mães que se une para proteger seus filhos. Não há resignação. Os filhos aparecem sufocados pelos braços, mãos e vestidos das mulheres. Os olhares tensos, as testas franzidas, as mãos abrangentes indicam a existência da opressão que chega por todos os lados. Na esquerda, uma mulher ergue as mãos espalmadas num gesto, ao mesmo tempo, de recusa e afastamento, como que implorando que sejam deixadas em paz. Diante da possibilidade de terem seus filhos tomados pela guerra, a atitude de defesa das mães indica um recobrar de forças capaz de resistir a qualquer coisa. A atitude representada por Kollwitz indica o desespero diante da possibilidade da morte. Aqui, a urgência da vida parece vencer a racionalidade da política. Mas a disposição em defender a vida dos filhos diante da ameaça da guerra já representa uma disposição de luta (ARAÚJO, 2009).
OBRAS DE KÄTHE KOLLWITZ
http://oseculoprodigioso.blogspot.com.br/search?q=Kathe+Kollwitz
O introvertido e reservado Karl Schmidt-Rottluff foi um dos fundadores do grupo A Ponte/Die Brücke, primeiro grupo da vanguarda expressionista alemã, que receberia esse nome por sugestão sua. Começou seus estudos de arquitetura no verão de 1905, em Dresden. Ali reatou amizade com um amigo de colégio, Erich Heckel, e através dele conheceu Kirchner. Formou-se, nesse mesmo ano, o núcleo dos fundadores do A Ponte/Die Brücke. Nesse momento, Schmidt resolveu acrescentar ao seu nome o de sua cidade natal. Em 1912, o artista mudou sua figuração devido ao contato com o Cubismo, que influenciaria sua obra, através de uma exposição em Colônia. Foi convocado em 1915 pelo exército alemão para combater na I Grande Guerra.
Em 1916, participa como elemento ativo na fundação e vigência do Grupo Novembro/November Gruppe de Berlim.
Dessa época até 1918, Schmidt-Rottluff quase não trabalhou com pintura, limitando-se a desenhos, gravuras e esculturas em madeira, consideradas artes populares segundo seu ideal socialista. Com o final da guerra, o artista fez várias viagens pela Europa. Visitando Paris em 1924, modificações sensíveis podem ser encontradas em sua obra, sendo a principal delas o abandono das formas planares pela introdução da perspectiva e da gradação de cores.
OBRAS DE KARL SCHMIDT-ROTTLUFF
http://oseculoprodigioso.blogspot.com.br/search?q=KARL+SCHMIDT-ROTTLUFF
OBRAS DE KÄTHE KOLLWITZ
http://oseculoprodigioso.blogspot.com.br/search?q=Kathe+Kollwitz
KARL SCHMIDT-ROTTLUFF
Em 1916, participa como elemento ativo na fundação e vigência do Grupo Novembro/November Gruppe de Berlim.
Dessa época até 1918, Schmidt-Rottluff quase não trabalhou com pintura, limitando-se a desenhos, gravuras e esculturas em madeira, consideradas artes populares segundo seu ideal socialista. Com o final da guerra, o artista fez várias viagens pela Europa. Visitando Paris em 1924, modificações sensíveis podem ser encontradas em sua obra, sendo a principal delas o abandono das formas planares pela introdução da perspectiva e da gradação de cores.
OBRAS DE KARL SCHMIDT-ROTTLUFF
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E. L. KIRCHNER
“ Meu objetivo é sempre expressar a emoção e experimentar as formas amplas e simples e cores claras.”
Pintor expressionista alemão nascido em 1880 e falecido em 1938. Depois de estudar arquitetura em Dresden, foi um dos fundadores do grupo Die Brücke, em 1905, cujo manifesto se encarregou de redigir, e esteve também associado ao movimento Der Blaue Reiter. Tratou sobretudo temas da paisagem urbana, dando especial atenção aos seus aspetos menos convencionais, com uma intenção de crítica social. Morreu em 1938. Depois da I guerra Mundial, seu estilo se tornou ainda mais frenético e mórbido, até que , apavorado com a ascensão do Nazismo, ele se suicidou.
OBRAS DE E. L. KIRCHNER
http://oseculoprodigioso.blogspot.com.br/2005/04/kirchner-ernst-ludwig-expressionismo.html?q=KARL+SCHMIDT-ROTTLUFF
EMIL NOLDE
Emil Nolde (Emil Hansen, 1867 - 1956), que durante breve período esteve ligado à Brücke, era mais intensamente expressionista e, durante grande parte de sua carreira, trabalhou em isolamento. O interesse pela arte primitiva e pela cor sensual levou-o a pintar algumas obras notáveis em que vemos energia dinâmica, ritmos simples e tensão visual.
OBRAS DE EMIL NOLDE
http://oseculoprodigioso.blogspot.com.br/2005/09/nolde-emil-expressionismo.html?q=EMIL+NOLDE
OTTO MÜELLER
O pintor e gravurista alemão Otto Mueller nasceu no dia dezesseis do mês de outubro do ano de 1874 e faleceu no dia vinte e quatro do mês de setembro do ano de 1930. Totalmente envolvido com o expressionismo suas obras eram feitas com o coração e com isso são vistas como as mais interessantes entre outras. Do ano de 1890 até 1892 estudou litografia em Görlitz e Breslau e de 1894 até 1896 passou a estudar na Academia de Belas Artes de Dresden terminando os estudos em Munique no ano de 1898. Foi considerado um dos mais líricos artistas da época e sempre mostrava em suas obras o ser humano na natureza onde era possível ver cores, contornos e formas bem interessantes. Seus trabalhos até os dias atuais são lembrados e fazem parte da história da arte.
Ele era um amigo muito próximo de Erich Heckel. Depois de passar dois anos na guerra, 1916-1918, foi nomeado professor da Breslau Akademie onde continuou a ensinar até sua morte. Origem artística de Mueller reside na Art Nouveau, o que explica o aspecto decorativo e linear de sua arte.
Otto Mueller é um importante representante do expressionismo alemão, apesar de suas idéias também difere consideravelmente dos de outros líderes expressionistas. Ele se concentrou em uma simplificação harmoniosa de forma, cor e contornos, em vez de paixão. Mueller faleceu em 1930 em Breslau.
OBRAS DE OTTO MÜELLER:
http://oseculoprodigioso.blogspot.com.br/search?q=MUELLER
REFERÊNCIAS
Enciclopédia Multimídia da Arte Universal, Alphabetum edições multimídia.
Museu de arte Contemporânea de São Paulo.
Imagens: Blog O século prodigioso.
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